quinta-feira, 29 de julho de 2010

Amigos...

“Seus únicos amigos somos eu e seu pai” minha mãe sempre disse. E eu sempre retruquei. Sempre fui leal aos meus amigos. Sempre lutei por eles até o fim. Brigamos várias vezes, já discordamos muito, mas nunca gostei de ficar muito tempo sem falar com eles. Pra mim, eles sempre foram a base que me faltou em casa. Em referência ao post do Foxx, a minha Kriptonita são meus amigos.

Minha mãe venceu e perdeu ao mesmo tempo. Todo o conceito de amizade que eu tinha está ruindo pouco a pouco. Cada vez mais eu me pergunto se ainda tenho algum amigo. Me sinto mais só do que nunca. É como se eu tivesse o dom de afastar as pessoas de mim. E cada vez eu percebo mais o quanto estão distantes de mim... Será que foi o que eu me tornei? Será que eu realmente sou o problema?

Quanto a perda da minha mãe, é que ela nunca foi e nunca será minha amiga. Amigos são aqueles que escolhemos e eu não quero uma amiga como ela. Mas eu não queria admitir o que ela dizia sobre “com o tempo, os amigos seguem seus caminhos”... É assim mesmo? Não consigo acreditar nisso, porque me dói muito. Meus amigos são tudo pra mim.

Eu sinto falta da Bruna. Eu a vejo sempre, mas eu sinto falta de presença dela na minha vida. Eu sinto falta do tempo que passávamos juntos sem fazer nada ou falar. Ficávamos cantando, dançando, rindo, zoando... Ela foi mais minha irmã do que minha própria irmã. Ela foi mais minha mãe do que a minha própria. E no caso, muitas vezes eu fui como um pai pra ela. Um pai meio moderno...

Quando dizem que tudo na vida tem um fim, eu não pensei que fosse TÃO ao pé da letra. Se bem que não é um fim tão dramático quanto poderia ser. Poderia ter sido uma briga e eu sabia que quando voltássemos, a amizade estaria mais forte que antes, no entanto. Não houve nada. Simplesmente um afastamento... Talvez perda de interesse. Não saberia explicar exatamente o que.

Eu sei que ela ainda gosta de mim, mas eu sei que não da mesma forma que antes. Nenhum amor morre, só se transforma... Esse se transformou em algo que nem eu sei explicar. Da última vez eu explodi isso com ela e não quero fazer de novo. Tudo tem um fim, então é melhor eu começar a aceitar, antes que seja mais doloroso. Chorei horrores e não suporto chorar na frente das pessoas. Então eu prefiro chorar aqui em casa que é mais íntimo. O problema é que eu não sei quando vou conseguir parar...

“Das nuvens eu posso cuidas, mas não posso lutar contra um Eclipse...”

2 comentários:

FOXX disse...

é verdade
amigos mto queridos
acabam sempre seguindo seus rumos
e vc se afasta
mas isso não torna a amizade ruim, qrido, não pense desse jeito
foram os caminhos que se afastaram
mas isso não terminou a amizade
somente ela ficou distante

Dhyogo disse...

Realmente, parece que se seguirmos realmente aquele conceito de amizade que imaginávamos antes, fazendo um panorama, hoje não temos nenhum amigo. E eu sei exatamente o que diz, porque também passei -e passo- por isso. A amizade é uma troca. Vc é amigo daquele que te proporciona prazer ou divertimento e assim prossegue; e as pessoas são amigas porque tem algo em comum. E assim um apoia o outro, e aí a sensação de pai, de mãe, de irmão.. na verdade, são só amigos. Mas as pessoas se transformam, o que vc era há uns 6 meses atrás certamente não corresponde o que é hoje, e isso é absolutamente normal, e aí, esse "algo em comum" tabém muda, até vc encontrar outra pessoa que esteja na sua sintonia.. entende? De qualquer forma, uma mãe nunca poderá ser amiga do seu filho. Porque é MÃE, isso não muda. O que varia é apenas a relação que tem com o seu filho, e assim por diante..
Gosto muito desse assunto, acho que vou transformar meu comentário em um post.. rs
B E I J O